Nesta aula, vamos explorar uma funcionalidade avançada do
Primavera chamada UDF (User Defined Fields), ou Campos Definidos pelo Usuário.
Essa ferramenta permite que você crie colunas e campos personalizados no
Primavera, adaptando o software às necessidades específicas do seu projeto. Com
os UDFs, você consegue ter um controle mais detalhado das atividades, tornando
a gestão do cronograma mais eficiente e precisa. Vamos aprender como criar
esses campos, definir seus tipos e utilizá-los de maneira prática para
organizar e monitorar as atividades do projeto de forma ainda mais eficaz.
UDFs são campos personalizados que você pode adicionar ao
Primavera para registrar informações adicionais nas atividades, além dos campos
padrão que o sistema já oferece. Esses campos permitem uma maior flexibilidade,
possibilitando o acompanhamento de detalhes específicos que o seu projeto possa
requerer, como indicadores de atenção, justificativas para atrasos ou até
informações específicas que sejam relevantes para a sua equipe. Esses campos
são extremamente úteis para adaptar o software às demandas únicas do seu
projeto, evitando que informações importantes fiquem dispersas ou fora do
sistema principal de gestão.
Os UDFs podem ser utilizados em diversos contextos, como
para categorizar atividades com características particulares, registrar
métricas adicionais que não estão disponíveis nos campos padrão, ou até mesmo
criar uma visualização personalizada dos dados do seu projeto. Por exemplo, em
um projeto de construção, você pode criar um campo para registrar o responsável
pela execução de cada atividade, ou para sinalizar se há algum risco associado
ao cumprimento do prazo de determinada tarefa.
User-defined fields permitem que você adicione seus próprios
campos personalizados e valores ao banco de dados do projeto. Por exemplo, você
pode acompanhar dados adicionais da atividade, como datas de entrega e números
de pedidos de compra, ou dados relacionados a recursos e custos, como lucro,
variações e orçamentos revisados.
Para criar um UDF, siga estes passos:
Depois de criar os campos definidos pelo usuário, você pode
realizar todas as seguintes tarefas:
Esse processo permite a criação de campos personalizados que
podem ser úteis para monitorar diferentes aspectos das atividades do seu
projeto. Você pode criar quantos UDFs forem necessários para atender às
especificidades do seu cronograma, garantindo uma maior riqueza de informações
e controle mais granular.
Uma dica útil ao criar UDFs é padronizar os nomes para
facilitar a organização e a localização dos campos criados. Por exemplo, você
pode começar o nome dos seus UDFs com um símbolo específico, como
"#", uma abreviação própria ou um prefixo relacionado ao seu projeto.
Isso ajuda a manter todos os UDFs criados por você agrupados e evita confusão
com os campos padrão ou outros campos UDF já existentes no sistema. A
padronização é essencial, principalmente em projetos maiores, onde muitos
campos personalizados podem ser criados, e a falta de um padrão claro pode
dificultar o trabalho de toda a equipe.
Outra dica é definir um guia de nomenclatura para a sua
equipe, garantindo que todos sigam um padrão coerente. Isso facilitará a
identificação dos UDFs criados por cada pessoa e permitirá uma melhor
organização das informações. Além disso, os UDFs devem ser revisados
periodicamente para verificar se continuam sendo úteis ou se podem ser
removidos ou substituídos por outros que sejam mais relevantes para a fase
atual do projeto.
Após criar um UDF, você deve definir o tipo de dado que ele
irá armazenar. Escolher o tipo de dado correto é crucial para garantir que o
campo seja utilizado de forma eficiente. As opções disponíveis incluem:
Por exemplo, se você deseja apenas destacar uma atividade
com um ícone, pode escolher o tipo "Indicador", que oferece uma gama
de ícones (verde, amarelo, vermelho, azul) para representar diferentes estados
ou prioridades. Essa escolha permite que você identifique rapidamente
atividades críticas ou que precisam de atenção especial.
Para atividades que precisam de atenção especial, o tipo
"Indicador" é muito útil. Esses indicadores visuais permitem que a
equipe de planejamento e execução tenha uma visão clara e rápida do status de
cada atividade, sem precisar entrar em detalhes extensivos. Ao adicionar um
campo de indicador:
Esse recurso facilita a visualização rápida de status
críticos diretamente na lista de atividades, o que é especialmente útil durante
reuniões de acompanhamento, onde o gestor precisa identificar rapidamente quais
atividades exigem ações corretivas.
Além de indicadores visuais, você pode criar um campo de
texto para justificar problemas ou atrasos nas atividades. Esse campo pode ser
chamado de "Justificativa" e serve para documentar informações que
expliquem por que uma determinada atividade não foi concluída conforme o
planejado. Para isso:
Esse campo pode ser usado para registrar informações que
serão compartilhadas com a equipe, ajudando todos a entender melhor o histórico
e o contexto de cada atividade. Ter um registro claro das justificativas
permite um aprendizado contínuo e a identificação de padrões de problemas que
podem ser evitados em projetos futuros.
Para agilizar o preenchimento de UDFs em várias atividades,
você pode usar o comando Fill Down. Esse comando é especialmente útil
quando você precisa replicar uma informação em várias atividades que
compartilham a mesma característica. Para usar o Fill Down:
Esse comando permite replicar rapidamente o valor de um
campo para múltiplas atividades, economizando tempo em projetos grandes.
Imagine que você tenha que atribuir o mesmo responsável a dezenas de
atividades; em vez de preencher cada uma manualmente, o Fill Down
facilita esse processo, garantindo eficiência e reduzindo a possibilidade de
erros.
Além do Fill Down, uma alternativa interessante é
usar o recurso de Global Change, que veremos em mais detalhes na próxima
aula, para realizar mudanças em massa de forma automatizada, permitindo ainda
mais flexibilidade na gestão do cronograma.
Disponível também em vídeaula
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