Análise de risco: Separando incertezas de eventos de risco

Nesta aula, discutiremos como identificar os riscos em um projeto e como equilibrar a abordagem de fazer o certo versus fazer o seguro. É importante considerar tanto as incertezas quanto os eventos de risco ao realizar a análise de risco e modelar os diferentes tipos de impacto que eles podem ter na programação. Além disso, a exposição ao risco depende do tipo de programação utilizada: realista/esperada, agressiva/otimista, cautelosa/pessimista ou dentro da escala.

Identificando O Risco: Fazer O Certo X Fazer O Seguro

O propósito da análise do risco não é simplesmente produzir uma programação que se complete no tempo e custo previstos, mas sim, produzir uma programação mais realista – sem excesso de tempo, de recursos ou custos – pois, o projeto ainda pode terminar no prazo determinado, muito embora, ele possa apontar incertezas.

Olhe de todas as formas.

Lembre-se, existem dois tipos de riscos: as incertezas e os eventos de risco.

É importante que inclua os dois tipos quando se faz a análise dos riscos. A combinação das incertezas com os eventos de riscos pode criar falsos riscos, estimando durações acima da incerteza para compensar os eventos de risco que poderão ou não ocorrer, provocando assim uma inclinação maior no triangulo da distribuição.

E como foi discutida nesta lição, uma programação cautelosa não desperdiça tempo, nem dinheiro sem um retorno.

Lembre-se: O evento de risco, pode acontecer ou não.

O cálculo das probabilidades no Risk Analysis

OBS: Falaremos mais sobre as incertezas nos recursos e custos mais adiante.

Eventos de Risco: Diferentes Tipos de Impacto

Os eventos de risco impactam a programação de diferentes maneiras:

• Impacto simples

• Séries de impactos

• Múltiplos impactos em uma atividade

• Múltiplos impactos para múltiplas atividades

I. Impacto simples.

São eventos de risco que causam um único impacto e são muito fáceis de modelar. Este tipo de evento pode ser inserido na programação através de uma atividade com suas próprias durações e custos, gerando fatores de riscos dentro da análise que irão alterar as probabilidades.

II. Series de impacto.

São eventos de riscos que pode causar um dentre vários impactos possíveis. Este tipo de evento será inserido na programação através de atividades com suas próprias durações e custos, gerando impactos de acordo com a probabilidade de existência.

III. Múltiplos eventos em série exclusiva.

Eventos de risco que causam um ou mais impactos possíveis. Este tipo de evento será inserido na programação através de atividades com suas durações e custos, e através de suas ligações e especificação de ramificação provocam o impacto através da probabilidade de existência de cada combinação dos eventos.

IV. Múltiplos impactos para múltiplas atividades.

Eventos de risco que causam vários impactos em várias atividades. Este tipo de evento poderá ser inserido na programação utilizando o registro do risco onde se qualifica e quantifica esses riscos. Desta forma não só se especifica o impacto mas também ações mitigatórias para estes eventos.

Risco e a sua programação

Sua exposição ao risco depende de sua programação. Há quatro tipos de programações:

• Realista / Esperada

• Agressiva / Otimista

• Cautelosa / Pessimista

• Dentro da escala

Realista / Esperada.

Este tipo de programação utiliza o realístico – mais esperado – para determinar a duração das atividades. Entretanto, há numerosas razões para que as estimativas não sejam frequentemente as mais prováveis:

• A estimativa pode ser demasiado otimista ou pessimista;

• As estimativas podem ter adicionados elementos de contingência para abranger o risco;

• As estimativas podem ser imprevistas por outras razões;

Porque as estimativas de duração podem não ser as mais prováveis, a data fim determinada pela programação acaba como não provável. A incerteza torna quase impossível prever a duração para uma única atividade – imagine para um projeto inteiro.

II. Agressivo / Otimista

A probabilidade é que este seja o tipo de programação mais comum. Utilizam as tarefas com durações mais curtas do que as mais prováveis. Embora frequentemente bem intencionado, a consequência das atividades com durações curtas podem servir para criar uma data fim determinista que nunca poderá ser atingida. A programação agressiva visa preservar tempo e dinheiro, contudo, poderá prejudicar a qualidade do produto final, a segurança da execução e inclusive a moral dos executantes.

III. Cauteloso / Pessimista

Esta pode ser a programação mais desvantajosa. Utiliza as estimativas de duração mais longas do que as mais prováveis. Frequentemente, isto resulta em um esforço exagerado para salvaguardar a data fim incluindo-se estimativas muito altas para as durações. Infelizmente, uma programação cautelosa pode acabar com um grande desperdício de tempo e dinheiro. Invariavelmente as atividades se expandem preenchendo um tempo bem maior e, se uma contingência ocorre acaba atrasando ainda mais a data de fim do projeto.

IV. Dentro da Escala

Este tipo de programação é conduzido para datas de finalização mais próximas utilizando duração mais realistas. As durações são escaladas para atingir datas pré-determinadas. Tais programações são resultantes de políticas e regras de negócio que acabam sendo mais realistas e por isso mais agressivas, realistas e cautelosas ao mesmo tempo.

V. Que tipo de programação é a sua?

Em uma programação algumas tarefas tomarão mais ou menos tempo do que o esperado. Infelizmente, não há como determinar qual rumo tomarão as tarefas antecipadamente. Por essa razão é necessário estimar as durações o mais preciso quanto possível e assim mesmo considerar riscos. Executando a análise de risco com três durações estimadas, você poderá determinar com que tipo de programação está trabalhando.

É importante reconhecer que existem dois tipos de risco - incertezas e eventos de risco - e ambos devem ser considerados na análise de risco. A combinação desses dois tipos de risco pode criar falsos riscos e estimativas incorretas de durações de atividades, portanto, é crucial modelar cada um separadamente. Além disso, a exposição ao risco depende do tipo de programação utilizada, e é importante escolher uma abordagem realista e equilibrada para evitar criar uma data fim determinista que nunca poderá ser atingida.